Era uma vez um homem
que tinha muito medo de morrer. Ele dizia: “Estou vivo, mas até quando?!...”.
Ele vivia assombrado pela certeza de que um dia o ar lhe faltaria, e ele não
poderia mais caminhar por este mundo.
E ele dizia: “Parado,
não sei ficar!... Se um dia eu morrer, o caixão não conseguirá me segurar!...
Continuarei andando, se assim Deus permitir.”.
Como era de se esperar,
um dia a morte foi ao seu encontro, e ela achou engraçado quando o ouviu
perguntar: “Se você me levar, poderei continuar caminhando?!... Eu não quero
ficar mofando em um caixão!... Odeio o cheiro de madeira apodrecida!... Eu só
encontro vida quando caminho. Eu amo a liberdade!...”.
E a morte respondeu:
“Se é a liberdade que você ama, se é de caminhar que você gosta, haverá muitos
lugares para você conhecer. O que você ama na vida, encontrará ao meu lado. A
estagnação só existirá para quem já a abraçou em vida.”.