Era uma vez um rei que adorava o espírito
de solidariedade que o Natal despertava no coração de seus súditos. Ele era um
sonhador e desejava que a harmonia e a gentileza reinassem ao seu lado. Para
garantir que o seu sonho de paz entre os habitantes de seu reino se realizasse,
no Dia de Natal, o rei Casemiro decretou que aquele Natal duraria enquanto ele
vivesse. E o Natal realmente fez morada naquele reino onde a rivalidade e as
desavenças se extinguiram.
Infelizmente, o dia do encontro
do rei Casemiro com a dama vestida de negro chegou. Os conselheiros reais,
desejosos de que o espírito natalino fosse preservado, escolheram
criteriosamente o novo rei. Tarde demais, eles descobriram que o homem que mais
parecia abraçar o espírito de Natal tinha outros planos para aquele reino.
O rei Emerson, meses após a sua
coroação, começou a promover a competição através do oferecimento de recompensas
e privilégios. A generosidade cedeu o seu lugar à ganância, e a solidariedade
tornou-se quase inexistente. O manto da rivalidade, que cobriu todo o reino,
trouxe a discórdia, a insatisfação e a desigualdade.
Eu até posso ler a pergunta que
se instalou em sua mente: “O que aconteceu com o Natal duradouro do rei
Casemiro?!...” Infelizmente, para os habitantes daquele reino, O Natal voltou a
ser o que era antes do decreto do rei Casemiro: um dia do ano em que as pessoas
se reuniam, trocavam presentes e demonstravam a sua generosidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário