Lina era uma fada que
acreditava no amor e havia entregado o seu coração a Marcel, um jovem elfo. Mas
o senhor dos destinos os separou, porque eles se devotaram única e
exclusivamente ao amor que sentiam e se esqueceram de suas responsabilidades em
relação aos lugares paradisíacos que juraram proteger.
Obedecendo ao comando
do senhor dos destinos, os ventos sopraram e provocaram uma tormenta. Lina e
Marcel foram surpreendidos pela tempestade e não tiveram tempo de buscar
refúgio. Eles se abraçaram para evitarem a separação, mas a força dos ventos
era terrível e os elevou ao céu. O afetuoso abraço foi rompido, quando cada um
deles se viu preso em um redemoinho, e foram conduzidos para direções opostas.
Enquanto eles se afastavam, com os braços estendidos e a visão embaçada pelas
lágrimas, eles ouviram o som de uma voz que estrondava no ar: “Lina e Marcel, a
sua insensatez os afastou de seus destinos e os conduzirá a caminhos tortuosos.
É verdade: o que vocês chamam de amor, eu rotulo de insensatez. Eu não posso
forçá-los a recobrarem a razão, mas posso evitar que se reencontrem. Contudo,
se a teimosia de vocês for maior do que a prudência, apenas no mundo dos
humanos vocês poderão se unir novamente.”
Anos e anos se
passaram, e a saudade dilacerava aqueles dois corações apaixonados. Era sempre
a mesma pergunta que os assombrava: “Como poderemos nos reencontrar no mundo
dos humanos, se eles se assustariam com a nossa presença?!” Certo dia, porém,
Lina teve a oportunidade de se aproximar de um local onde as pessoas se vestiam
com roupas extravagantes e coloridas. Era carnaval. Os rostos se escondiam
atrás de máscaras, e a alegria parecia substituir a estranheza. Lina pensou:
“Estão todos se divertindo tanto que nem terão tempo de notar a minha
presença.”
Lina encorajou-se a
entrar no salão onde as pessoas fantasiadas cantavam e dançavam alegremente. O
coração de Lina disparou quando os seus olhos esbarraram em um elfo solitário
que também tivera a ideia de se reunir àquela multidão. Lina sorriu e foi ao
encontro de Marcel.
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