Caetano,
Sou eu, Verônica.
Quando você ler esta mensagem, ficará tão feliz quanto eu estou agora. Este
nosso contato só está sendo possível graças à magia de Lorena, a Guardiã do
Coração das Fontes da Juventude.
A sua história sobre
Maria Luíza chegou aos nossos ouvidos e ao nosso coração. Continue
reconstruindo as histórias... Você não imagina o quanto elas nos alegram e nos
confortam.
Eu tenho um novo
quebra-cabeça para você, composto de cinco peças:
1ª) uma caverna;
2ª) uma fogueira;
3ª) um mago;
4ª) uma criança;
5ª) um gigante.
1ª) uma caverna;
2ª) uma fogueira;
3ª) um mago;
4ª) uma criança;
5ª) um gigante.
Tente montar uma
história utilizando essas cinco partes. Eu te amo.
O MAGO, A CRIANÇA
E O GIGANTE
Irânio era um gigante
que se refugiava em cavernas, para evitar o confronto com as pessoas que ele
considerava “normais”. Os seus pais não eram gigantes e tiveram dozes filhos.
Foi apenas ele que cresceu demasiadamente.
Para evitar encontros
indesejáveis, Irânio costumava acender uma fogueira em frente à caverna que ele
estivesse ocupando. A fogueira, que tinha a finalidade de sinalizar sua
presença para afastar curiosos, certo dia, porém, atraiu a atenção de um mago
que desejava testar a eficácia de um pó mágico que um duende lhe oferecera em
troca de abrigo.
O mago, que se
chamava Miraldo, quando se aproximou da fogueira, levantou os braços e começou
a mover os dedos, como se estivesse extraindo fios invisíveis do fogo e do ar.
Uma criança, que também desconhecia o significado da fogueira, parou de
procurar um lugar para se esconder de seu amiguinho, e perguntou ao mago: “Por
que você acendeu uma fogueira em frente a uma caverna; e fica aí, dançando de
modo tão estranho?!... Você mora nessa caverna?!...”
Miraldo não
respondeu. Simplesmente endereçou um olhar de enfado a Gilmar, desejando que
ele se afastasse. Mas o garoto, em vez de ir embora, ficou parado, olhando para
a entrada da caverna pensando que aquele seria um bom lugar para se esconder.
Finalmente, ele perguntou: “Posso me esconder lá dentro?!”
O mago não teve tempo
de responder, porque tanto ele quanto o garoto se assustaram ao ver sair da
caverna um gigante de aparência aterradora. O garoto se escondeu atrás do mago,
e o mago levantou novamente os braços e, logo em seguida, abaixou uma das mãos
para retirar, do bolso da túnica, o saquinho que continha o pó que o duende lhe
ofertara. No instante seguinte, o pó do duende entrou em contato com o fogo e
causou uma tremenda explosão, que encheu o ar de fumaça.
Os três, que haviam
fechado os olhos para protegê-los, quando tornaram a abri-los, se surpreenderam
com a mágica que resultara do encontro entre o pó mágico e o fogo: Irânio
deixara de ser um gigante. Intrigado, ele perguntou ao mago: “Como você
conseguiu fazer isso?!... Você deve ser mesmo muito poderoso!...”
Dando de ombros,
Miraldo respondeu: “Eu teria certamente me tornado um mago poderosíssimo se, em
vez de desejar que você se tornasse um homem comum para que eu pudesse
enfrentá-lo, eu tivesse desejado me tornar o maior feiticeiro que já existiu.”
Gilmar, que era muito
esperto, sugeriu: “Podemos deixar que pensem que foi a sua magia que reduziu o
gigante de tamanho. Todos o considerarão um grande mago. Agora eu posso ou não
usar essa caverna como esconderijo?!... O meu amigo já deve estar chegando!...”
F I M
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