quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O MAGO, A CRIANÇA E O GIGANTE












PRIMEIRA MENSAGEM DE VERÔNICA

Caetano,

Sou eu, Verônica. Quando você ler esta mensagem, ficará tão feliz quanto eu estou agora. Este nosso contato só está sendo possível graças à magia de Lorena, a Guardiã do Coração das Fontes da Juventude.

A sua história sobre Maria Luíza chegou aos nossos ouvidos e ao nosso coração. Continue reconstruindo as histórias... Você não imagina o quanto elas nos alegram e nos confortam.

Eu tenho um novo quebra-cabeça para você, composto de cinco peças:
1ª) uma caverna;
2ª) uma fogueira;
3ª) um mago;
4ª) uma criança;
5ª) um gigante.

Tente montar uma história utilizando essas cinco partes. Eu te amo.

 
Sisi Marques



 
O MAGO, A CRIANÇA E O GIGANTE

Irânio era um gigante que se refugiava em cavernas, para evitar o confronto com as pessoas que ele considerava “normais”. Os seus pais não eram gigantes e tiveram dozes filhos. Foi apenas ele que cresceu demasiadamente.

Para evitar encontros indesejáveis, Irânio costumava acender uma fogueira em frente à caverna que ele estivesse ocupando. A fogueira, que tinha a finalidade de sinalizar sua presença para afastar curiosos, certo dia, porém, atraiu a atenção de um mago que desejava testar a eficácia de um pó mágico que um duende lhe oferecera em troca de abrigo.

O mago, que se chamava Miraldo, quando se aproximou da fogueira, levantou os braços e começou a mover os dedos, como se estivesse extraindo fios invisíveis do fogo e do ar. Uma criança, que também desconhecia o significado da fogueira, parou de procurar um lugar para se esconder de seu amiguinho, e perguntou ao mago: “Por que você acendeu uma fogueira em frente a uma caverna; e fica aí, dançando de modo tão estranho?!... Você mora nessa caverna?!...”

Miraldo não respondeu. Simplesmente endereçou um olhar de enfado a Gilmar, desejando que ele se afastasse. Mas o garoto, em vez de ir embora, ficou parado, olhando para a entrada da caverna pensando que aquele seria um bom lugar para se esconder. Finalmente, ele perguntou: “Posso me esconder lá dentro?!”

O mago não teve tempo de responder, porque tanto ele quanto o garoto se assustaram ao ver sair da caverna um gigante de aparência aterradora. O garoto se escondeu atrás do mago, e o mago levantou novamente os braços e, logo em seguida, abaixou uma das mãos para retirar, do bolso da túnica, o saquinho que continha o pó que o duende lhe ofertara. No instante seguinte, o pó do duende entrou em contato com o fogo e causou uma tremenda explosão, que encheu o ar de fumaça.

Os três, que haviam fechado os olhos para protegê-los, quando tornaram a abri-los, se surpreenderam com a mágica que resultara do encontro entre o pó mágico e o fogo: Irânio deixara de ser um gigante. Intrigado, ele perguntou ao mago: “Como você conseguiu fazer isso?!... Você deve ser mesmo muito poderoso!...”

Dando de ombros, Miraldo respondeu: “Eu teria certamente me tornado um mago poderosíssimo se, em vez de desejar que você se tornasse um homem comum para que eu pudesse enfrentá-lo, eu tivesse desejado me tornar o maior feiticeiro que já existiu.”

Gilmar, que era muito esperto, sugeriu: “Podemos deixar que pensem que foi a sua magia que reduziu o gigante de tamanho. Todos o considerarão um grande mago. Agora eu posso ou não usar essa caverna como esconderijo?!... O meu amigo já deve estar chegando!...”

F I M

 
Sisi Marques

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