domingo, 27 de julho de 2014

O REI QUE MORAVA NO FIM DO MUNDO (1ª Parte)



– Caetano, posso chamar você de pai?...
– Claro, Rui... Embora eu ainda ache a situação um pouco estranha.
– A página Cantinho da Leitura é sua ou da Sisi?!... Você vive dizendo que ela criou a página para você!... Se é assim, por que ela vive interferindo?!... Um dia, eu terei a minha própria página!...
– Você escreveu outra história e gostaria de publicá-la?!...
– Sim, pai!... Mas, como sempre, ela é diferente das histórias da "Sisi Marques"!... Posso postá-la?!...
– Qual é o nome da história?...
– O Rei que morava no fim do mundo.
– Por que você não vai brincar, filho?!... Mais tarde, conversaremos sobre isso.



O REI QUE MORAVA NO FIM DO MUNDO

Esta história aconteceu há muito tempo, em um planeta muito menor do que o nosso. Ele era governado por um rei que possuía cinco filhos. Quando o rei faleceu, o reino foi dividido em cinco partes, e nenhum dos herdeiros desejava ficar com as terras ermas e longínquas que eram popularmente conhecidas como “o fim do mundo”. Após longas e infrutíferas reuniões, os quatro filhos mais velhos decidiram que o irmão caçula deveria partir para aquela região inóspita.

Dias depois, o jovem rei reuniu os poucos súditos que se propuseram a segui-lo, e se surpreendeu quando a garota que ele amava sugeriu que eles se casassem, para que ela pudesse estar ao lado dele naquele árduo destino. 

Anos se passaram e os irmãos, que frequentemente se reuniam, não se animavam a ir visitar o irmão mais novo. Certo dia, um deles exclamou: “De que adiantaria irmos ao fim do mundo para rever nosso irmão?!... Dificilmente alguém conseguiria sobreviver em um lugar tão hostil!... Nosso pai sempre nos aconselhou a nos mantermos afastados daquelas terras, e mesmo nossos súditos não se aventuravam a desbravá-las!... Temos que nos conformar com a realidade: o nosso amado irmão morreu, e não restou ninguém que pudesse ter vindo nos dar a terrível notícia. Agora somos quatro, e o fim do mundo deve ser considerado um lugar proibido, como era no tempo do nosso pai.” Os outros três concordaram e abaixaram a cabeça demonstrando respeito e pesar pela desventura do irmão mais novo.

C O N T I N U A . . .



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