O rei Gordinho comia
demais. E, para que sobrasse mais comida para ele, os moradores e os
trabalhadores do castelo comiam bem pouquinho. E o rei Gordinho continuava
engordando, engordando, engordando...
Em uma manhã fria e
chuvosa, um homem muito velho e magrinho bateu à porta do castelo, pedindo
abrigo e um prato de comida. O rei disse: “Dormir no castelo, você pode. Mas,
comer aqui, não!... Não podemos ter mais uma boca para sustentar!...”
A manhã tornou-se noite
no momento em que o ancião ergueu os braços e exclamou: “Rei Gordinho, rei
Gordinho!... É a sua boca que come a comida, do reino, todinha!... A sua boca
irá se fechar... E, para se alimentar, as cores dos alimentos, com as
extremidades dos dedos, você irá retirar!...”
As cores dos alimentos
não bastavam para saciar a fome do rei Gordinho!... Ele adorava comer
macarronada, e seus olhos quase saltaram das órbitas quando se deliciaram com a
coloração vermelha do molho!...
O rei Gordinho não era
apenas guloso, ele era egoísta também. Ele não dava e não emprestava nada a
ninguém. Para evitar pensar em seu apetite voraz, ele começou a prestar atenção
na mobília, nas cortinas, e o desespero apoderou-se dele no momento em que ele
percebeu que também se alimentava das cores desses objetos. Assustado, ele se
olhou no espelho e viu a coloração de sua pele, de seus lábios, de seus olhos,
de seus cabelos, de sua coroa e de suas roupas desaparecerem. Ele escondeu as
mãos nos bolsos de seu manto, mas já era tarde, porque o mundo ao seu redor
tornara-se fantasmagórico.
O rei gritou. Mas todos
haviam partido... Não havia ninguém que pudesse socorrê-lo!... Ele tornou a
gritar... Gritou desesperadamente!... E só parou de gritar quando ouviu o seu
criado, compadecido, dizer: “Está tudo bem!... Vossa Majestade estava sonhando!...
Há um homem lá fora!... Está frio e chove muito!... Ele pediu abrigo e um prato
de comida!... O que eu digo a ele?!... ”
O rei Gordinho
respondeu: “Mande-o entrar e sirva a ele o que tivermos de melhor!... Não
economize!... Você está muito magro!... Sente-se à mesa você também e convide
todos os moradores e trabalhadores do castelo para lhe fazerem companhia e
servirem-se do que tiverem vontade. Hoje não irei comer. Passarei o dia todo
agradecendo à Providência pelo muito que sempre recebi e, principalmente, pelo
sonho que tive esta noite.
Texto: Erica Patricia Cardoso, Eugenia D’Amorim,
Iris Oliveira, Juliana David, Lucia R. V. Haddad, Rosangela Vanzillotta, Sandra
Regina & Sisi Marques
Sisi,
ResponderExcluirPalmas e mais palmas pra vc!!!!
O conto ficou maravilhoso!
Tantas ideias e vc cria um conto! Estou encantada!
Bjs e uma linda noite pra vc!
Lindo conto ,pois transmite o grande amor altruísta e solidário ao próximo .Parabéns !!!👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigada, Eugenia, pelo carinho, pelo apoio e por sua participação na criação dessa história!!!...
ExcluirBeijos
Obrigada, Lucia, pelo carinho e por você, mais uma vez, ter participado dessa doce ventura de tecer sonhos!!!...
ResponderExcluirBoa noite, Amiga!!!
Beijos