domingo, 9 de fevereiro de 2014

RUBINHO E O GÊNIO DA GARRAFA




RUBINHO E O GÊNIO DA GARRAFA

Rubinho era um garoto difícil de lidar.
Quando ele se zangava, ninguém o segurava.
Para a rua, ele ia; e, tudo, ele começava a chutar.

Chutava pedrinhas, chutava latinhas,
E, certo dia, até uma garrafa ele chutou.
A garrafa bateu na guia e quebrou.
Ele deu de ombros e continuou
Chutando tudo o que via.

Caminhava e chutava, caminhava e chutava,
E estaria caminhando e chutando até hoje
Se não tivesse escutado uma voz estrondosa que dizia:
“A garrafa que você quebrou era a casa onde eu vivia.”

O gênio da garrafa revoltou-se com o garoto;
E, para amedrontá-lo, surgiu ao seu lado
E, em seu ouvido, começou a gritar:
“Outro lar você terá que me arrumar.”

E o garoto apavorado mostrou, ao gênio zangado,
Todas as garrafas que conseguiu encontrar.
Mas, para o gênio, nenhuma delas servia;
E, irritado, ele continuava a gritar:
“Outro lar você terá que me arrumar.”

A noite chegou; e, para sua casa,
Rubinho, o gênio, levou.
O gênio não dormia
E passou a noite toda dizendo:
“A garrafa que você quebrou
Era a casa onde eu vivia.
Se, de mim, você quiser se livrar,
Outro lar terá que me arrumar.”

No dia seguinte, Rubinho faltou à escola,
E continuou procurando um lar para o gênio morar.
Mas o gênio era difícil de lidar,
E nada conseguia agradar-lhe.

Rubinho passou um mês procurando
Um lar para o gênio morar.
Mas o gênio era difícil de lidar,
E nada conseguia agradar-lhe.

Rubinho cresceu; e, até hoje,
Ele caminha, pelas ruas, procurando
Um lar para o gênio morar.
Mas o gênio continua difícil de lidar,
E nada consegue agradar-lhe.


Sisi Marques


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