– Caetano, foi você quem
escreveu o poema: “Laurinha e o Livro que ela não aprendeu a ler”?!...
– Não. O poema estava
dentro de uma das apostilas que o Rui trouxe da dimensão dos personagens
ignorados. Eu disse a ele que você se zangaria.
– Não estou zangada.
Mas confesso que estou preocupada... O Rui é uma péssima influência para
você!...
– Ele tem apenas nove
anos!...
– Mas pensa muito
diferente de nós!...
– Você quer dizer que
ele pensa diferente de você. Eu já sei o que faremos: o Rui e eu escreveremos
um poema que conserte o anterior. Está bem assim?!...
– Você acha possível
consertar o estrago que vocês fizeram?!... Além de Laurinha não ter conseguido
aprender a ler, ela ainda destruiu o livro que parecia ser tão precioso!...
– Calma, Sisi!... Você
está dramatizando!... Trata-se apenas de um poema. Lembre-se de que Laurinha e
o livro não existem!... Laurinha é só um personagem.
– E você, Caetano, o
que é?!...
– Embora eu seja apenas
um de seus personagens, sou diferente. Eu estou aqui e agora, e podemos
conversar. Sossegue!... Rui, Verônica e eu conseguiremos encontrar um final
feliz para Laurinha.
– Mas jamais
conseguirão recuperar o livro que ela destruiu para embalar a louça!...
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